Medidas sugeridas para sairmos da crise mais fortes
Ao longo das últimas semanas muito tem sido discutido sobre como sair do confinamento.
A maioria dessa discussão centra-se através dos milhares de milhões que o estado vai disponibilizar em empréstimos às empresas, em medir a temperatura em todo o tipo de atendimento / congregação de público e acima de tudo de quando vai recomeçar a Liga de futebol.
O que o SARS COV 2 veio revelar é o quanto os anteriores governos brincaram e mal governaram o dinheiro dos contribuintes. Assim apresentamos algumas medidas a curto e longo prazo que consideramos necessárias de forma a criarmos uma sociedade mais forte, restabelecer o ciclo socioeconómico, preparar as instituições e população para que esteja preparada para uma situação semelhante.
Os tópicos que vamos abordar:
Controlar a propagação do SARS-COV-2
A OMS diz: “A restrição das pessoas ás suas casa para reduzir a transmissão do vírus não é recomendável porque não há racional óbvio para esta medida.”
É necessário levantar as medidas de restrição de movimentos rapidamente, mantendo algumas em prática, especialmente o apoio a lares, e os hospitais de campanha, para deixar os hospitais lidar com as outras doenças.
Consideramos contudo que é necessário que o governo comece a tomar medidas claras de proteção aos grupos de risco, visto que apenas indicar que estas pessoas não podem sair de casa não é suficiente.
É necessário a criação de um plano forte de suporte para as famílias e que inclua fatores como a impossibilidade de despedimento, equipas que possam fazer entrega de alimentos e transporte quando necessário, bem como restabelecer os cuidados médicos que foram suspensos durante o estado de emergência.
Quanto às restantes medidas para controlar o Covid-19 consideramos que a maioria das medidas que o governo já anunciou serão mais do que suficientes e muitas delas serão ineficientes, tal como medir a temperatura dos clientes à porta dos restaurantes dado que, de acordo com os dados da DGS menos de 40% dos infectados detectados tiveram febre.

Reforçar O SNS
De seguida indicamos algumas medidas para preparar o SNS para não só os próximos futuros vírus e doenças mas também em toda a instituição.
Consideramos essencial implementar um estudo de avaliação da qualidade do sns, e eficácia na gestão. Este estudo deve ter uma análise inicial, e passar a ser recorrente. Deve também ser realizado por investigadores em Universidades e não por uma empresa.
É impensável não existirem inquéritos realizados em cada interação de um utente com os sistemas do estado, e estes dados não estarem disponíveis para livre acesso. Isto leva a situações como ocorreu na China, em que o estado detém o controlo da informação sobre neste caso, novas pandemias, e quem está no governo usa a informação a seu favor.
1. Melhorar as condições laborais para médicos e enfermeiros
Evolução de carreiras e plano de aumento salarial entre outras medidas defendidas pelos sindicatos e ordens durante anos.
2. Passagem para o modelo de gestão de saúde similar à Suécia, onde todas as medidas de contenção/estado de emergência devido a uma crise sanitária, está somente sobre os poderes dos profissionais de saúde pública. Impedindo assim os políticos de usarem a informação / o estudo que mais lhes convém .
3. Investir na construção de novos hospitais e lares em zonas que já se encontram saturadas
4. Aumentar capacidade do SNS, 35.000 camas para 10.000.000 de habitantes não é suficiente
5. Melhor a gestão e eficácia do SNS
5.1 Estudo financiado pelo estado a ser desenvolvido em parceria com duas universidades com conclusão no máximo dentro de um ano, a avaliar a qualidade do sistema de saúde, junto dos utentes e dos profissionais de saúde.
5.2 Análise dos métodos de trabalho, principais problemas,
Criação de um sistema de auditoria à qualidade (inquéritos para cada visita ao sns para médicos / enfermeiros e paciente)
6. Aumentar número de vagas em medicina e enfermagem
7. Suspender propinas para alunos de medicina enfermagem. Sujeito a um período obrigatório de trabalho no mínimo de 4 anos devidamente remunerados no SNS. Caso desistam terão de pagar as propinas do curso em proporção com o tempo por cumprir. Assim garantimos que não estamos a perder profissionais médicos para outros países com melhores ordenados.
8. Criação de um plano acompanhamento psicológico forte
Divulgação nos canais de media (se vamos estar a comprar espaços publicitários é melhor que os usemos para salvar vidas)
Divulgação de canais de apoio psicológico
Criação de iniciativas a nível local para melhorar a saúde mental
9. Criar planos de contenção para lidar com os próximos possíveis vírus.
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Recuperar e potenciar a economia
Apoiar o desenvolvimento e inovação em Portugal, em especial em áreas em que dependemos mais de importações, incentivar o consumo interno.
1. Programas de crédito e financiamento ajustados
Evitar que se volte a repetir a situação dos apoios de Pedrógão, onde vários apoios ficaram por entregar, várias pessoas não tiveram acesso às ajudas e de repente várias pessoas não relacionadas com aquele problema estavam a receber ajudas. Evitar duplicação de apoios às mesmas entidades.
2. Criar subsídios ao emprego, medida à la Kurzarbeit (plano de salvação económica Alemã) onde em vez de se despedir a empresa pode pedir um subsídio do estado para manter o trabalhador.
3. Impor limite na comissão que os bancos podem cobrar nos empréstimos de apoio às empresas por causa do COVID-19
4. Aumentar o valor do Rendimento Social Inserção, de forma a apoiar as pessoas que estão e vão entrar em situação de pobreza. É ridículo ter um programa que dá 180 eur por mês a alguém que não tem quaisquer outros rendimentos, este dinheiro não chega para nada!
5. Aumentar taxa de importação de produtos não essenciais de fora da europa em setores que temos produção suficiente para satisfazer as necessidades de consumo. Ex: calçado, vestuário, álcool
6. Criar programas para criação de novas empresas e suporte e desenvolvimento a empresas atuais, nos setores em que a produção nacional não existe ou não é suficiente para satisfazer as necessidades da sociedade
7. Vender parte das reservas de ouro nacional, afinal, estamos em estado de emergência.
8. Alargar o subsídio de desemprego aos trabalhadores independentes e sócio-gerentes.
9. Criar vistorias regulares a estabelecimentos como restaurantes, cafés, bares, e outros identificados em que muitos trabalhadores não têm contrato.
10. Criação de taxa de 2% sobre todas as fortunas acima dos 2 milhões à la Elisabeth Warren ou seja todas as pessoas que tem mais de 2 milhões pagam uma taxa extra de super milionário onde é considerado todos os assets.
11. Aumentar taxação e reduzir apoios a empresas que passaram as sedes para fora do país / off-shore: Brisa, Jerónimo Martins, etc…
12. Criação de estatuto de trabalhador essencial para empregos que são essenciais durante crises e atribuição de subsídio ou aumento de salário, para salários inferiores a 1,5x o IAS
13. Contribuir para as instituições de apoio como o banco alimentar com apoio do estado através de produtos alimentares e de higiene com origem nacional.
14. Criar Plano de suporte para sem abrigos
Qualificação dos sem abrigo através do IEFP, incluído num programa de reinserção social Aumentar o investimento em habitação social.
15. Aumento da taxação que são aditivas e deteriorantes à saúde pública, como o Tabaco, Jogos de casino, álcool, bilhetes para jogos de futebol, e especialmente o Correio da Manhã
16. Legalização, regulamentação e criação do mercado da Cannabis para uso recreativo e medicinal.
17. Apoio ao desenvolvimento no interior como foi feito no projeto querença em 2012
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Reforçar a democracia, e a sociedade
Infelizmente, todas as boas medidas que resultem numa sociedade mais humana, aberta e justa vão acabar por ser ignoradas ou alteradas, utilizadas como novas formas dos porcos no poder nos continuarem a aldrabar e fugir à justiça
É essencial investir na educação dos jovens e dos adultos. É necessário que a juventude passe a ser melhor formada e consiga ser capaz de manter um diálogo entre ideias diferentes. Não é aceitável vivermos na eterna disputa se não és da minha equipa tenho de estar contra ti.
Educação é mais do que literacia, os iletrados de há umas décadas não sabiam ler, os iletrados de hoje em dia, sabem ler, mas não sabem distinguir uma notícia falsa de uma verdadeira, nao passam das notícias de futebol e do horóscopo.
1. É necessário que os estudantes sejam formados de forma intensiva nos aspectos humanos e não apenas decorar palavras que estão em livros para debitar no próximo teste e esquecer uns meses depois.
2. Necessário tal como sugerido para o SNS, existir uma avaliação aos docentes e matérias curriculares, por disciplina, por ano, de forma quantitativa e qualitativa, estes dados devem estar disponíveis para todos consultarem.
3. Tal como nos profissionais de saúde é necessário melhorar as condições dos profissionais de ensino, através de melhorias no salário, e programas de formação contínua, entre outros.
4. Mais abertura por parte do governo sobre informações e análises / ajuda nos processos de decisão, para evitarmos ser a próxima Coreia do Norte.
5. Responsabilização dos Jornais / media
A pandemia bem mais perigosa que o SARS-COV-2 tem se revelado ser o medo e histeria praticados pelos principais meios de comunicação. Notícias referentes a assuntos de saúde pública têm de ser revistos por um especialista de saúde independente.
6. Criação de um Think Tank aberto á sociedade para propor soluções a problemas identificados pelo governo e pelos cidadãos.
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Links
https://elizabethwarren.com/plans/ultra-millionaire-tax
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/329438/9789241516839-eng.pdf
https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/131051270/details/maximized
http://www.seg-social.pt/rendimento-social-de-insercao
http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=7&cid=60638&bl=1&viewall=true
estamos nas redes anti-sociais
Nas "redes-sociais" partilhamos artigos de outras redações, opiniões a quente, alguns mémés, e mastigamos trolls ao pequeno-almoço.
ARTIGO BÓNUS
Os fantoches e os acéfalos
Vivemos numa sociedade cada vez mais polarizada em que cada um vive dentro da sua bolha, incapaz de ver os seus próprios limites e de aceitar ideias diferentes da sua, existem diferentes tipos de personagem.
Assim, convém nesta redação utilizarmos bem a língua portuguesa ao descrever os comportamentos que observamos. Estamos sempre a tentar melhorar e críticos de nós próprios.
Neste artigo vamos definir dois tipos de personagens que estão a impedir o avanço da humanidade, o seu próprio avanço, e o das gerações futuras.
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